Será que teremos que pagar para ver?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou nesta segunda-feira, 21, o ex-bispo Fernando Lugo, por ter vencido as eleições no Paraguai, e avisou que não muda o contrato com Itaipu. Lula evitou polemizar sobre a principal bandeira do então candidato, que defendeu a revisão do contrato de fornecimento de energia da hidrelétrica, aumentando os seus preços. Segundo o presidente, que falou da importância da alternância de poder nos países, os termos do tratado entre as duas nações serão mantidos. Lula admitiu, no entanto, que poderá oferecer ajuda ao Paraguai por outros meios, como a construção de linhas de transmissão.
"Em Itaipu, nós temos um tratado e ele vai se manter", declarou o presidente logo depois de participar de mais uma reunião na Unctad, conferência da ONU para comércio e desenvolvimento, e pouco antes de embarcar de volta ao Brasil, após três dias de viagem a Gana. "O Brasil, como maior economia (da América Latina), tem que estar sempre aberto a fazer com que as coisas tenham andamento de paz na América do Sul. Esse é o meu papel. Portanto, vou aproveitar, e se o Lugo ver hoje a televisão brasileira, vou dizer parabéns pela vitória", declarou.
Lula disse que já mandou um telegrama para Lugo e sinalizou que poderá falar com ele por telefone, ainda no final da tarde desta segunda, quando chegar a Brasília. Questionado se achava que ia enfrentar os mesmos problemas com o Paraguai, que enfrentou recentemente com a Bolívia, quando Evo Morales mandou invadir as refinarias da Petrobrás e estatizá-las, Lula minimizou: "não aconteceu nada com a Bolívia, gente. Aconteceu aquilo que eles entenderam que era importante para eles".
Ao ser questionado o que representava mais um "esquerdista" governando a América Latina, Lula declarou: "ele não é um esquerdista e nós temos que valorizar as pessoas que são eleitas como resultado da democracia. O Lugo pelejou muito tempo, batalhou muito tempo, venceu uma eleição muito disputada, reconhecida já por todos os outros candidatos. Eu acho que todo mundo já reconheceu e os organismos internacionais que estavam acompanhando concordaram com a lisura da eleição. Sabe, eu acho que ganhou de verdade no Paraguai a democracia".
Lula também lembrou que, no Paraguai, havia um partido, o Colorado, que governava o país há 60 anos. "Houve um câmbio, e esse câmbio, se foi da vontade do povo, merece todo o meu respeito", completou.
Sobre as declarações do Frei Betto, seu ex-assessor especial, que disse em Assunção que tinha informações de fontes do governo que o presidente brasileiro admitiu alterações no contrato de Itaipu, Lula, depois de dizer que não podia comentar uma declaração de alguém, reiterou que "não muda o tratado".
O presidente lembrou que o Brasil tem constantes reuniões com o Paraguai que, nestes cinco anos de governo teve "umas 20 reuniões com o Paraguai" sobre distintos temas e não só a questão de Itaipu, mas também a questão da fronteira, para o fornecimento de investimentos. "Temos muito para continuar conversando com o Paraguai", completou Lula.
Com informações do Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou nesta segunda-feira, 21, o ex-bispo Fernando Lugo, por ter vencido as eleições no Paraguai, e avisou que não muda o contrato com Itaipu. Lula evitou polemizar sobre a principal bandeira do então candidato, que defendeu a revisão do contrato de fornecimento de energia da hidrelétrica, aumentando os seus preços. Segundo o presidente, que falou da importância da alternância de poder nos países, os termos do tratado entre as duas nações serão mantidos. Lula admitiu, no entanto, que poderá oferecer ajuda ao Paraguai por outros meios, como a construção de linhas de transmissão.
"Em Itaipu, nós temos um tratado e ele vai se manter", declarou o presidente logo depois de participar de mais uma reunião na Unctad, conferência da ONU para comércio e desenvolvimento, e pouco antes de embarcar de volta ao Brasil, após três dias de viagem a Gana. "O Brasil, como maior economia (da América Latina), tem que estar sempre aberto a fazer com que as coisas tenham andamento de paz na América do Sul. Esse é o meu papel. Portanto, vou aproveitar, e se o Lugo ver hoje a televisão brasileira, vou dizer parabéns pela vitória", declarou.
Lula disse que já mandou um telegrama para Lugo e sinalizou que poderá falar com ele por telefone, ainda no final da tarde desta segunda, quando chegar a Brasília. Questionado se achava que ia enfrentar os mesmos problemas com o Paraguai, que enfrentou recentemente com a Bolívia, quando Evo Morales mandou invadir as refinarias da Petrobrás e estatizá-las, Lula minimizou: "não aconteceu nada com a Bolívia, gente. Aconteceu aquilo que eles entenderam que era importante para eles".
Ao ser questionado o que representava mais um "esquerdista" governando a América Latina, Lula declarou: "ele não é um esquerdista e nós temos que valorizar as pessoas que são eleitas como resultado da democracia. O Lugo pelejou muito tempo, batalhou muito tempo, venceu uma eleição muito disputada, reconhecida já por todos os outros candidatos. Eu acho que todo mundo já reconheceu e os organismos internacionais que estavam acompanhando concordaram com a lisura da eleição. Sabe, eu acho que ganhou de verdade no Paraguai a democracia".
Lula também lembrou que, no Paraguai, havia um partido, o Colorado, que governava o país há 60 anos. "Houve um câmbio, e esse câmbio, se foi da vontade do povo, merece todo o meu respeito", completou.
Sobre as declarações do Frei Betto, seu ex-assessor especial, que disse em Assunção que tinha informações de fontes do governo que o presidente brasileiro admitiu alterações no contrato de Itaipu, Lula, depois de dizer que não podia comentar uma declaração de alguém, reiterou que "não muda o tratado".
O presidente lembrou que o Brasil tem constantes reuniões com o Paraguai que, nestes cinco anos de governo teve "umas 20 reuniões com o Paraguai" sobre distintos temas e não só a questão de Itaipu, mas também a questão da fronteira, para o fornecimento de investimentos. "Temos muito para continuar conversando com o Paraguai", completou Lula.
Com informações do Estadão
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